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quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Avaliação Final de Ano
Professora Municipal e
Supervisora-referência da educação ambiental SMED São Leopoldo :Débora Cristina
Schilling Machry
Durante o ano
professores e alunos convivem com o conhecimento. Nas relações de aprendizagens
entre os mesmos são necessárias adaptações de comportamento, de vínculos e de sintonia.
Infelizmente, nem sempre ocorre uma boa convivência. Os alunos e professores
têm implicâncias entre si. Às vezes o aluno não consegue se expressar, é
tímido, bagunceiro, desleixado, mas é inteligente, observador, pesquisador ou
então a história de vida do professor e do aluno são ignoradas ou
hipervalorizadas. Tratam-se de relações
humanas, até aí tudo normal.
Existem também
professores descompromissados, que não aceitam o erro. Alguns são até mau exemplo
de atitude, assim como alguns alunos.
No final do
ano a escola tem suas avaliações finais. Os alunos ainda são vistos como um
número para alguns colegas e suas escolas. Quando o aluno implica com o
professor, muitas atitudes são tomadas para boicotar as atividades pedagógicas
por parte de ambos.
O professor
também implica com o aluno, pois é humano, no entanto por causa da sua vocação deveria
mudar sua tática, ser mais equilibrado, tentar criar vínculos na disciplina considerando
a vivência do aluno a fim de que as aprendizagens sejam significativas.
Muitos dos
meus colegas conseguem esta mudança. Seus alunos fazem recuperações paralelas,
os alunos perguntam, os professores gostam de quem pergunta, o profissional
educador é um mediador de conflitos e de aprendizagens.
Nos meus 23
anos de magistério, conheci muitos Mestres que me fizeram admirar a minha
profissão. Assim como o médico, esses professores diagnosticavam as “pedras” que
atrapalhavam o “sonho” de aprender. O prognóstico não ignorava as implicâncias
pessoais, mas estas eram resolvidas com diálogo sério e comprometido entre
aluno, professor, família e equipe diretiva. Neste diagnóstico não havia
“palpites de estranhos” sobre o trabalho desenvolvido com e para os educandos.
Hoje em dia, muitas vezes por falta de responsabilidade de alunos e professores
a educação virou “papo” de supermercado.
É no
consultório ou no hospital que o profissional da saúde conversa sobre diagnóstico
e prognóstico do paciente. Também é na escola, no espaço educacional que a
avaliação justa e ética deve ser debatida.
Lamento muito,
quando numa avaliação anual, não há valorização consistente do conhecimento por
falta de profissionalismo de colegas. Se não há organização curricular,
planejamento diário, critérios claros de avaliação para as atividades didáticas
daquilo que se espera objetivamente das
aprendizagens, me desculpe mas qualquer poderá palpitar sobre a educação. Os
alunos não souberam como foram avaliados e como poderiam melhorar. Falta
valorização da profissão, mas é urgente que alguns educadores revejam suas
posturas educacionais, assim como os alunos pois o que fica no final da
avaliação são as relações e as aprendizagens significativas.
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