Resíduo
Sólido durante e após Eleição
Texto : Bióloga, Professora de Ciências, Supervisora-Referência
da Educação Ambiental -Débora Cristina Schilling Machry
É lamentável ver aquela quantidade de “santinhos” espalhados pelo chão em
dia de eleição. Fico com vergonha dos meus alunos, afinal explico para eles que
jogar lixo no chão é sinal de falta de educação.
Futuros gestores de nossa cidade e todo aquele resíduo! Como acreditar
que a relação do homem com o meio ambiente pode mudar, se quem promete que vai
faze-lo dá mal exemplo?
O que será feito com todos os banners utilizados pelos candidatos?
Serão destinados
ao aterro sanitário para entupirem o solo? Ou serão descartados em algum
arroio? A natureza que se vire e se entupa com todo resíduo e toda falta de
respeito por ela?
E eu que me vire dentro das salas de aula com a educação ambiental. Uma
possibilidade que acredito que dá certo para que o meio ambiente sobreviva é cada um fazer a sua parte. Não esperar que os
governos façam aquilo que nos compete. Também acredito que, multiplicar boas
práticas socioambientais das pessoas ditas “comuns” seja a solução, afinal não
há necessidade de “inventar a roda” mas sim reinventá-la todos os dias. Se não
fosse assim nem teria forças de sair da cama. Muitas professoras, enfermeiras,
médicas, técnicas de segurança do trabalho, engenheiras, entre outras
profissões compartilham este sentimento comigo. Existem ainda muitas pessoas
preocupadas com a situação ambiental atual.
Mas é inadmissível que tanto lixo seja produzido em dia de eleição.
Você eleitor, eleitora sabe que os nossos candidatos estão na nossa
“colinha”, não precisamos que nos lembrem do nosso dever com tanta falta de
cuidado para com a vido do solo, a da água, do ar...
Será que alguém vai pensar que o resíduo sólido espalhado poderia ter
sido destinado à coleta seletiva da cidade? O candidado ideal precisa ser
exemplo de atuação. O papel, o banner, a madeira, os grampos ... nenhum destes
materiais dizem quem realmente é o candidato. No entanto é essa sobra de
campanhas nada sustentáveis que irão parar nos boeiros, nos rios, nos mares, no
sistema digestório de alguma ave ou tartaruga fazendo com que os mesmos sintam
dor e fome. O bom exemplo convence, dá
segurança e nos conforta sensação bem diferente daquele exemplo de promessas
que talvez nem sejam cumpridas mas que estavam nas propagandas. Pense nisso!
Então o processo eleitoral acabou dia 7 de outubro, mas para natureza
está só começando. Consciência para todos os eleitores e um pedido de desculpa
para meus alunos, meus amigos, meu meio ambiente.
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