segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Resíduo Sólido durante e após Eleição
Texto : Bióloga,  Professora de Ciências, Supervisora-Referência da Educação Ambiental -Débora Cristina Schilling Machry
É lamentável ver aquela quantidade de “santinhos” espalhados pelo chão em dia de eleição. Fico com vergonha dos meus alunos, afinal explico para eles que jogar lixo no chão é sinal de falta de educação.
Futuros gestores de nossa cidade e todo aquele resíduo! Como acreditar que a relação do homem com o meio ambiente pode mudar, se quem promete que vai faze-lo dá mal exemplo?
O que será feito com todos os banners utilizados pelos candidatos?
Serão destinados ao aterro sanitário para entupirem o solo? Ou serão descartados em algum arroio? A natureza que se vire e se entupa com todo resíduo e toda falta de respeito por ela? 
E eu que me vire dentro das salas de aula com a educação ambiental. Uma possibilidade que acredito que dá certo para que o meio ambiente sobreviva é  cada um fazer a sua parte. Não esperar que os governos façam aquilo que nos compete. Também acredito que, multiplicar boas práticas socioambientais das pessoas ditas “comuns” seja a solução, afinal não há necessidade de “inventar a roda” mas sim reinventá-la todos os dias. Se não fosse assim nem teria forças de sair da cama. Muitas professoras, enfermeiras, médicas, técnicas de segurança do trabalho, engenheiras, entre outras profissões compartilham este sentimento comigo. Existem ainda muitas pessoas preocupadas com a situação ambiental atual.
Mas é inadmissível que tanto lixo seja produzido em dia de eleição.
Você eleitor, eleitora sabe que os nossos candidatos estão na nossa “colinha”, não precisamos que nos lembrem do nosso dever com tanta falta de cuidado para com a vido do solo, a da água, do ar...
Será que alguém vai pensar que o resíduo sólido espalhado poderia ter sido destinado à coleta seletiva da cidade? O candidado ideal precisa ser exemplo de atuação. O papel, o banner, a madeira, os grampos ... nenhum destes materiais dizem quem realmente é o candidato. No entanto é essa sobra de campanhas nada sustentáveis que irão parar nos boeiros, nos rios, nos mares, no sistema digestório de alguma ave ou tartaruga fazendo com que os mesmos sintam dor e fome.  O bom exemplo convence, dá segurança e nos conforta sensação bem diferente daquele exemplo de promessas que talvez nem sejam cumpridas mas que estavam nas propagandas. Pense nisso!
Então o processo eleitoral acabou dia 7 de outubro, mas para natureza está só começando. Consciência para todos os eleitores e um pedido de desculpa para meus alunos, meus amigos, meu meio ambiente.  













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